Maurício de Oliveira
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Anexos
Miniatura
Título
Maurício de Oliveira
Descrição
Escultura em homenagem ao músico capixaba Maurício de Oliveira. (1925-2009) .
1.1 Título da Obra
Maurício de Oliveira
1.3 Categoria
Escultura Pública
1.4 Subcategoria
Vulto pleno
1.7 Temporalidade da Obra
Perene
2.1 Data de Execução / Inauguração
2018
3.1 Autoria
Fernando Poletti
3.5 Mini-biografia
Fernando Poletti é um artista argentino, radicado no Brasil, nascido em 1984. É autodidata em escultura e tem formação como técnico superior em cerâmica pelo Instituto Municipal de Cerâmica de Avellaneda, em Buenos Aires. foi o autor do monumento em bronze em homenagem ao violonista capixaba Maurício de Oliveira, localizado na orla de Jardim da Penha, em Vitória, Espírito Santo.
O artista se especializou em modelar vários tipos de figuras em diferentes escalas e com diferentes materiais. Trabalha com modelagem de figuras há mais de 15 anos e há mais de uma década com esculturas feitas de resina de poliéster, poliuretano, isopor, gesso e cimento. Participou de cursos na Escuela Taller del Centro Histórico de la Ciudad de Buenos Aires e em oficinas de gesso, com foco em molduras e ornamentos, ditados pelo Mestre Cejas; oficinas de modelagem e reprodução de gesso e cimento; oficinas para modelar ornamentos antigos do século XX com o professor Xavier Fontendla; oficinas práticas de alvenaria, entre outras atividades.
Trabalhou na restauração das adegas da antiga Aduana Taylor, que se tornou o Museu do Bicentenário, localizado nos fundos da Casa Rosada, sede da Presidência da República Argentina, na capital do país, Buenos Aires. Fernando Poletti trabalhou no Atelier de Escultura Arte Villalba, coordenado pelo artista Gerónimo Villalba. Atuou na produção de alguns monumentos, dentre eles o monumento de bronze em homenagem ao ex-presidente da Argentina, Nestor Kirchner, instalado em Rio Gallegos. Uma cópia deste monumento foi colocado na sede da União de Nações Sul-Americanas - Unasul, no Equador. Trabalhou também no Estudio Pugliese, coordenado pelo artista Fernando Pugliese. Neste espaço realizou vários tipos de esculturas em diferentes escalas. Entre 2012 e 2014, o artista viajou por oito países da América Latina buscando conhecer seus povos, ilustrando seus traços, ministrando oficinas de escultura e pintando murais.
Além da Argentina, passou por Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Uruguai e Brasil. No Brasil, ministrou aulas de escultura em Florianópolis (SC), Curitiba (PR), Ubatuba (SP), Angra dos Reis (RJ) e atualmente ministra aulas e oficinas de escultura e cerâmica em Belo Horizonte (MG), onde reside desde 2014. Desde a chegada a Belo Horizonte, Fernando ofereceu oficinas na Escola Ceramicando Arte da Terra, no Habilis Atelier e no Dom Atelier de Arte; em 2015 e 2016, ministrou cursos sobre escultura cerâmica na Escola Guignard - UEMG, para alunos da comunidade rural de Conceição do Mato Dentro (MG) e também ofereceu oficinas de produção de fornos artesanais para cerâmica. Entre 2015 e 2017 ministrou aulas no Atelier Zema e em 2017 passou também a oferecer cursos no ALMEIDA - Centro de Inspiração, onde manteve seu atelier (CENTRAL atelier de esculturas e interações urbanas), integrando o projeto Ateliê no Prédio.
Também em Belo Horizonte, integrou a equipe da Gestalt Montagens por 3 anos, realizando diversas montagens de exposições de arte, como a montagem da itinerância da 32ª Bienal de São Paulo – Incerteza viva [2017] e da mostra ‘Do objeto para o Mundo - Coleção Inhotim’ [2016], realizadas no Palácio das Artes; da Galeria Claudia Andujar, exposição permanente da fotógrafa suíça Claudia Andujar, no Inhotim; da exposição ‘Afetividades Eletivas’, em cartaz na Galeria de Arte do Minas Tênis Clube I, dentre outras. Na exposição ‘Do objeto para o Mundo - Coleção Inhotim’, Fernando Poletti realizou a pintura de um mural de 11 metros, criado pela artista contemporânea Rivane Neuenschwander. Em 2016, participou da instalação e da pintura de um mural que compõe a obra ‘Car Crash’, de autoria do artista alemão Franz Ackermann, também em Belo Horizonte.
No ano de 2014, Fernando se juntou à equipe de produção do documentário Sertão como se Fala, que percorreu 9 mil quilômetros de oito estados do nordeste do Brasil para registrar histórias de pessoas que aprenderam a ler com o alfabeto do Sertão, um alfabeto diferente daquele normalmente usado nas escolas do país. Durante o projeto, o artista ilustrou traços e características da vida e dos povos dessa região do país.
Em 2016, Fernando produziu um monumento em tamanho natural em homenagem ao violonista capixaba Maurício de Oliveira. O monumento foi instalado na Praia de Camburi, um dos principais pontos turísticos de Vitória, capital do Espírito Santo, no sudeste do Brasil. No ano de 2018, viajou para Angola, convidado pela instituição cultural Fundação Rui de Matos, e ministrou um curso introdutório sobre técnicas de cerâmica focadas na escultura. Em 2019, realizou a exposição individual intitulada CORPOS EM TRÂNSITO - formas de contar e contar o mundo, no Museu Inimá de Paula, em Belo Horizonte. Atualmente, Fernando oferece aulas de escultura e cerâmica em seu atelier, localizado no bairro Sagrada Família, em Belo Horizonte, onde também se dedica à produção de seu trabalho pessoal. Por causa da pandemia do Corona Vírus, desde março de 2020 as aulas de escultura e cerâmica estão sendo realizadas de maneira virtual, em grupo e de forma individual. (1)
4.1 Endereço
Av Dante Micheline
4.2 Bairro
Jardim da Penha
4.3 Município
Vitoria
4.5 Espaço de Implementação
Calçadão Camburi
4.7.1 Coordenadas Geográficas – Latitude
20.2819775
4.7.2 Coordenadas Geográficas – Longitude
40.2889666
5.1 Material
A estátua é executada em bronze e está apoiada/sentada sobre banco de concreto.
5.2 Técnica
Fundição
5.5 Escala
Média (até escala humana)
5.6 Assinatura
Não identificada
5.7 Placa/Inscrições
Sim
5.8 Transcrição
Lê-se: "Escultura em bronze em homenagem ao músico Maurício de Oliveira
realizada pelo artista Fernando Poletti, através do Edital 006/2015, em parceria com o Instituto Sincades
Luciano Rezende
Prefeito de Vitoria
Francisco Grijó
Secretário Municipal de Cultura
maio de 2016".
6.3 Dados Históricos
Sobre o homenageado:
Maurício de Oliveira (1925-2009) foi violonista e professor e diretor da Escola de Música do Espírito Santo. Filho de pescador, nasceu em Vitória, em 1925, onde passou a maior parte de sua vida e onde teve seu primeiro contato com o violão através de sua família: seu irmão mais velho lhe mostrou as primeiras notas.
No decorrer da sua vida artística, recebeu inúmeros prêmios, entre eles o 2º lugar no Festival Internacional do Violão, em 1955, em Varsóvia, além de um prêmio da Fundação Cultural do Espírito Santo por sua contribuição ao desenvolvimento da música capixaba. Sua carreira musical ficou marcada por composições como “Dança do Chico Prego”, onde realiza homenagem ao escravizado que se tornou liderança da Insurreição de São José do Queimado, na Serra.
Em 1952 lançou um compacto simples com as faixas "Ardiloso" e "Esplanada", ambas de sua autoria.
Muito ligado às referências culturais de seu estado, o trabalho de Maurício obteve amplo reconhecimento durante sua trajetória - entre eles, a premiação de Festival Internacional de Violão em Varsóvia, em 1955.
No ano de 1960 lançou, pela gravadora Musiplay, o LP "Mauricio de Oliveira e seu violão" com músicas de sua autoria. Neste memso ano a gravadora lançou outro LP intitulado "Um violão e novas emoções".
No ano de 1964, no Rio de Janeiro, recebeu no Teatro Municipal o "Troféu Euterpe", apontado pelo jornal "O Correio da Manhã" como o "Melhor Solista Popular". Ganhou o "Prêmio Troféu Villa-Lobos" pela interpretação da obra violonística do maestro Villa-Lobos. Professor de violão e diretor da Escola de Música do Espírito Santo, sendo considerado uma das grandes personalidades musicais que residem na capital do Espírito Santo.
Em 1967 gravou o disco "Villa-Lobos e o violão Volume 1" lançado pela gravadora Odeon, no Brasil e também na Europa, EUA e Japão pelo Selo London. Neste mesmo ano saiu o volume dois do LP "Villa-Lobos e o violão", também lançado na Europa, EUA, Brasil e Japão. No ano seguinte, em 1968, lançou o disco "Violão em tempo de valsa".
Em 1970 gravou o LP "Recital brasileiro - Concerto de violão de Villa-Lobos" lançado pela gravadora Odeon. No ano posterior o LP "Maurício de Oliveira interpreta Dilermando Reis" foi lançado pelo Selo UFES, da Universidade Federal do Espírito Santo.
No ano de 1972 lançou o disco "Canção da paz" com o apoio do Departamento Estadual de Cultura do Estado do Espírito Santo.
Em 1973 participou, ao lado de outros violonistas, do LP "Violão pra quem não gosta de violão" lançado pela gravadora CID.
Em 1979 foi incluído no LP do "1º Festival Capixaba de Música Erudita", patrocinado pelo Departamento Estadual de Cultura do Estado do Espírito Santo. No ano seguinte, em 1980, pela Fundação Jonice Tristão/Governo do Estado do Espírito Santo, lançou o LP "Maurício de Oliveira interpreta Ernesto Nazareth".
Em 1985 lançou o LP "Maurício de Oliveira erudito e popular". Suas composições mais conhecidas são "Canção da paz", "Contando estrelas", "Mexe-mexe" e a valsa "Luiza", todas incluídas no LP "Canção da paz", patrocinado pela Codesa (Empresa do Sistema Portobras) e lançado neste mesmo ano de 1985.
Atuou como músico e arranjador em vários discos.
Em 1986 gravou o LP "Maurício de Oliveira, solo de violão e regional".
No ano de 1997 lançou o LP "Violão corpo e alma - Mauricio de Oliveira e Regional". No ano seguinte, no CD "Música capixaba" gravado pela Banda da Polícia Militar do Espírito Santo teve uma de suas composições incluída.
No ano de 1999 participou do CD coletivo "Vitória instrumental".
No ano 2000 foi convidado por Elias Belmiro a participar do disco "Influências", lançado pela gravadora Kuarup Discos. Neste CD atuou ao lado de Elias Belmiro nas faixas "Se ela perguntar" e "Magoado", ambas de autoria de Dilermando Reis. Ainda neste disco Elias Belmiro prestou-lhe reverência compondo "Mauriciando".
Em 2001 lançou o CD "Encontro - Mauricio de Oliveira e Ernesto Nazareth".
Em 2002, pela gravadora Indie Records, o grupo Manimal lançou o CD "Espírito congo", no qual o violonista fez uma participação especial com voz e violão na faixa "Vinheta". Neste mesmo ano lançou em parceria com o violinista Hariton Nathanailidis o CD "Luiza", somente com composições de sua autoria. No ano seguinte, em 2003, lançou o CD "Maurício de Oliveira 70 anos de violão" gravado no Scalla Studio. Neste mesmo ano gravou "Maurício de Oliveira 70 anos de violão - Ao vivo no Teatro Carlos Gomes" lançado em DVD.
Em 2006 foi exibido o curta-metragem "O Pescador de Sons", sobre sua a vida e obra, dirigido por Cloves Mendes. Após seu falecimento em setembro de 2009, a faculdade de música do Espírito Santo passou a se chamar Faculdade de Música do Espírito Santo "Maurício de Oliveira (FAMES Maurício de Oliveira). Neste mesmo ano também foi instituído que "O Dia do Músico em Vitória" passou a ser 19 de Julho, data de seu nascimento. Foi criada uma comenda de "Mérito" pela Assembléia Legislativa do Espírito Santo com o nome "Comenda Maurício de Oliveira" entregue a personalidades importantes nas artes do Estado, entregue no "Dia do Músico", sendo o violonista o primeiro a receber, "In memoriam", a comenda
Em 2006 recebeu o prêmio "Taru", entregue pelo violonista Turíbio Santos, em cerimônia realizada no Teatro Carlos Gomes, na capital do Espírito Santo. Na ocasião vários artistas locais interpretaram sua obra, também interpretada pela Orquestra Filarmônica do Espírito Santo e Turíbio Santos, que executou uma música que compôs em homenagem a Maurício de Oliveira intitulada " Seu Maurício".
Foi professor de violão e diretor da Escola de Música do Espírito Santo, sendo considerado mestre de vários chorões da cidade de Vitória e uma das personalidades mais importantes na história da música popular do Espírito Santo. Faleceu em setembro de 2009.A Faculdade de Música do Espírito Santo (FAMES) recebeu o nome do músico, passando a se chamar “Faculdade de Música do Espírito Santo Maurício de Oliveira”.
Em 2010, foi instituída por meio do decreto municipal 14.817 a Comenda Mauricio de Oliveira, criada como forma de reconhecimento e gratidão ao trabalho do maestro.
Atualmente, o artista está eternizado como um monumento na orla de Jardim da Penha. A escultura em bronze é do artista argentino Fernando Poletti. (2)
7.1 Propriedade
Pública
8.1 Estado de conservação
Bom
10.1 Autoria
Marcela Belo; José Cirillo
10.2 Data do Registro
Setembro/23
11.2 Eletrônica
(1) https://www.fernandopoletti.com/
(2) https://m.vitoria.es.gov.br/turista/mauricio-de-oliveira-biografia
https://www.letras.com.br/mauricio-de-oliveira/biografia
https://www.seculodiario.com.br/cultura/familia-prepara-homenagem-ao-musico-mauricio-de-oliveira
https://www.agazeta.com.br/pensar/pescador-de-sons-mauricio-de-oliveira-estaria-completando-95-anos-0720