Luiza Grimaldi “Grinalda”
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Anexos
Miniatura
Título
Luiza Grimaldi "Grinalda"
Descrição
Escultura de Luiza Grimaldi (1541-1626), primeira governadora do Espírito Santo.
1.1 Título da Obra
Luiza Grimaldi "Grinalda"
1.3 Categoria
Escultura Pública
1.4 Subcategoria
Vulto pleno
1.7 Temporalidade da Obra
Perene
4.1 Endereço
Av. Luciano das Neves, 17
4.2 Bairro
Prainha
4.3 Município
Vila Velha
4.5 Espaço de Implementação
Casa da Memória
4.7.1 Coordenadas Geográficas – Latitude
20.3292613
4.7.2 Coordenadas Geográficas – Longitude
40.2922997
5.5 Escala
Média (até escala humana)
5.6 Assinatura
Não identificada
5.7 Placa/Inscrições
Sim
5.8 Transcrição
" Homenagem dos capixabas
À Dona Luiza Grimaldi "Grinalda", (1541/1626), natural de Portugal e esposa de Vasco Fernandes Coutinho Filho, o segundo Donatário do espírito Santo, após a morte do marido em 1590, tornou-se a primeira e única mulher Donatária de uma capitania.
Em sua gestão, destaca-se entre outros importantes acontecimentos, a expulsão do temido corsário inglês Thomas Cavendish, que tentou tomar de assalto a sua capitania em 1592.
Luiza Grinalda recebeu os primeiros freis Franciscanos, que por aqui vieram depois da morte do Frei Pedro Palácios, e também recebeu os primeiros Beneditinos, que aqui estiveram por um breve período, tendo dela recebido doações. Ela conviveu com o Venerável Padre José de Anchieta, que estava em terras capixabas quando da morte de seu marido e era dela um consultor. Outro de seus grandiosos feitos em sua donataria, foi a doação do Morro da Penha aos frades Franciscanos onde havia a ermida construída por Frei Palácios, e que depois tornou-se o Convento da Penha.
Luiza Grinalda esteve à frente da Donataria até 1593, não tendo deixado descendentes, foi sucedida por Francisco Aguiar Coutinho, o parente mais próximo de seu marido. Retirou-se da Capitania e voltou a Portugal, onde se consagrou ao Serviço de Deus com o nome de "Sor" Luiza das Chagas, tornando-se freira, irmã de caridade e mulher recolhida, como se conhecia na época. Faleceu com 85 anos de idade, no Convento do Paraíso, das irmãs Dominicanas, na cidade de Évora em Portugal."
Instituto Histórico e Geográfico de Vila Velha - Casa da Memória
No 181 aniversário da Fundação de Vila Velha e do Estado do Espírito Santo.
23/05/2016"
6.1 Temática
Histórica
6.3 Dados Históricos
Sobre a homenageada:
Luíza Grimaldi (ou Grinalda) foi a primeira governadora do Espírito Santo.
Em 1589, com a morte do donatário Vasco Fernandes Coutinho Filho, sucedeu-lhe no Governo da Capitania, por ser sua viúva. O casal não tinha filhos para seguir a linha de sucessão. Dessa maneira, uma mulher herdou o posto e nomeou seu adjunto o capitão Miguel Azeredo.
Luísa Grinalda assumiu a Capitania em 1589 e governou durante quatro anos, até 1593, quando perdeu o cargo em uma disputa judicial, para o parente mais próximo de Vasco Fernandes Coutinho Filho. Ele havia requerido e mais tarde ganhou a questão de adjudicação de direito de senhorio da Capitania do Espírito Santo.
Esse pretendente ao cargo de capitão-mor era Francisco de Aguiar Coutinho. Sua alegação era de que uma mulher não podia ter assumido o lugar do marido falecido, pois era vedado pela legislação. No entanto, a Coroa podia nomear um capitão-mor. Aliás, era o que acontecia quando um donatário, por qualquer razão, não assumia as suas funções.
Francisco de Aguiar Coutinho teve seu direito à sucessão reconhecido e Luísa Grinalda entregou o governo ao seu adjunto, Miguel de Azeredo, em 1593. Viajou para Portugal e recolheu-se ao Convento de Nossa Senhora do Paraíso, em Évora (Alentejo, Centro-Sul, cidade medieval, patrimônio histórico da humanidade).
Segundo documentação histórica, ela ainda vivia no ano de 1626, quando prestou depoimento no processo de beatificação do Padre José de Anchieta.
O vencedor da disputa, Francisco de Aguiar Coutinho, só assumiria a direção da Capitania do Espírito Santo depois de 1605. O capitão Miguel Azeredo permaneceu à frente do Governo de 1593 a 1605.
O acontecimento de maior relevância no governo de Luísa Grinalda foi o ataque de Thomas Cavendish, pirata inglês, à Baía de Vitória, em 1592.
O governo providenciou a colaboração dos índios Goitacazes, acampados nas proximidades de Vila Velha. O cacique Jupi-açu atendeu ao chamado e lutou contra os invasores, com aproximadamente duzentos homens, entre índios e colonos. Construíram apressadamente dois fortins de taipa no morro em que noventa anos mais tarde ergueriam o Forte de São João.
Cavendish foi derrotado e voltou às embarcações. Perdeu cerca de oitenta homens durante a luta. (1)
7.1 Propriedade
Pública
10.1 Autoria
Marcela Belo; José Cirillo
10.2 Data do Registro
Julho 2023