Discorre-se aspectos da expansão da cidade de Vitória/ES, que ao longo do tempo passou por diversas modificações territoriais que transformaram não só o seu desenho urbano, mas também a sua forma e tamanho, através de, inúmeros projetos e planos de urbanização, impostos por meio de aterros. A partir do embasamento teórico com relação aos aterros realizados no território para expansão de Vitória, que acarretou no cobrimento de mangues e braços de mar que existiam na região, o artigo pretende apresentar, por meio de um viés artístico, a obra “Caminho das Águas” de Piatan Lube, realizada em 2008 durante o 8° Salão Bienal do Mar. Diante disso, objetiva-se portanto apresentar e contribuir com reflexões sobre a expansão urbana da atual capital do Estado do Espírito Santo, além de, mostrar como o território e a arte estão ligados no diálogo com o espaço-tempo da cidade, fornecendo novas fontes de pesquisa e mostrando a importância dos documentos, arquivos e a apropriação dos mesmos no discurso estético e memorial do século XXI, fundamentais para a conservação da própria memória das cidades.
Palavras-chave: Arte; Cidade; Documentação; Bienal do Mar; Caminho das águas.