Identificação
Título

Soldado Aldomário Falcão

Categoria

Escultura Pública

Subcategoria

Busto

Temporalidade da Obra

Perene

Datação
Data de Execução/Inauguração

1976

Autoria/Execução
Autoria

Carlo Crepaz

Mini-biografia

O Artista Carlo Crepaz e aspectos da sua obra:
Nascido na pequena Ortisei, interior da Itália, em setembro de 1911 e falecendo na cidade de Val Gardena, cidade natal de sua esposa Flora, em setembro de 1992, esse virtuose ítalo brasileiro, seguiu os passos do pai, o escultor Jakob, que não só o inspirou, como possibilitou que ele estudasse e posteriormente se tornasse professor, ainda na Itália. Muito jovem, Crepaz foi enviado a Alemanha nazista, como todo jovem italiano, no calor da Segunda Guerra Mundial. Esse é um capitulo especialmente revelador do caráter desse homem e artista, no amargor da luta sangrenta e do ceifar de vidas e mutilar de corpos, ele pôde utilizar de sua arte em benefício do ser humano, não importando sua nacionalidade. Como escultor em meio de uma Guerra, Crepaz utilizou de seu conhecimento de anatomia e escultura, o que possibilitou que trabalhasse numa fábrica na confecção de próteses ortopédicas para os feridos de guerra. Foram milhares e nesse sentido, a arte ocupou seu espaço humanitário num território de uma guerra insana.
Carlo Crepaz, vem para o Espírito Santo em meados dos anos de 1950; sempre foi um observador do cotidiano, retomando suas vivências na Itália e Alemanha. Crepaz destacou-se pela sua sensibilidade e domínio da arte clássica no seu fazer escultórico. Chegando a Vitória no início da década de 1950, para serviços específicos no Santuário de Santo Antônio, ele morou no bairro de mesmo nome, onde também se localizava seu Ateliê. Seu trabalho sempre foi muito requisitado pelas autoridades locais e continua exposto em diversos espaços públicos de Vitória, compondo a ecologia urbana da capital. Em sua trajetória em terras capixabas, lecionou na Escola Pavoniana de Vitória (que o trouxe da Itália para finalizar as obras no Santuário de Santo Antônio), bem como na Escola de Belas Artes do ES e Universidade Federal do Espirito Santo. Seus primeiros trabalhos para a Escola Pavoniana envolveram obras em seu prédio e objetos e pinturas na igreja. Na Escola de Belas Artes, foi responsável pela disciplina de escultura e por formar toda uma geração de escultores capixabas.
Fonte: CEDOC/LEENA/UFES

Localização
Endereço

Morro da Caixa D’água

Município

Baixo Guandu

Espaço de Implementação

Morro da Caixa D’água

Coordenadas Geográficas

Latitude: -19.5156
Longitude: -41.0123 19° 30′ 56″

Descrição física
Material

Busto em bronze e base em alvenaria

Técnica

Fundição

Assinatura

Não identificada

Descrição da obra
Temática

Popular

Dados Histórico

Segundo consta nos registros estaduais, o soldado Aldomário Falcão nasceu em 1903, em Baixo Guandu, e se alistou na Força Pública Estadual (ES) em 1929, sendo destacado para atuar no município de Colatina. Sua carreira militar caminhou por diversos municípios do Estado exercendo protagonismo em Itaguaçu, Viana, Cariacica e Vitória. Em outubro de 1930, Aldomário foi destacado para compor a missão de reforçar a defesa da fronteira em Baixo Guandu com Aimorés, impedindo a invasão dos revolucionários mineiros da Coluna Amaral, sob o comando do coronel Otávio Campos do Amaral (1885-1949), chefe das forças revolucionárias de Minas Gerais cuja missão era tomar o poder do Governo do Espírito Santo.
Aldomário Falcão foi um herói capixaba que morreu tentando impedir que a Força Pública Mineira Revolucionária invadisse o estado do Espírito Santo para depor o presidente em exercício na época, Aristeu Borges de Aguiar (1892-1951), que no momento, estava sem o apoio da Força Pública Federal. Além disso, o Busto também é um memorial que representa o acordo firmado entre os governos dos estados do Espírito Santo e Minas Gerais sobre a linha de fronteira delimitando permanentemente ambos os territórios.
A memória dos feitos heróicos deste glorioso combatente capixaba permaneceram por quase 50 anos enterrados na mesma trincheira em que foi abatido, até sua história ser novamente relembrada pelo Coronel Orely Lyrio (1935-), que com apoio da prefeitura local, em 1976 inaugurou, com honras militares, o busto em bronze instalado na montanha onde transcorreu a batalha em 1930, atualmente conhecido como Morro da Caixa D’água, de Baixo Guandu.

Fonte: CEDOC/LEENA

Regime de Propriedade
Propriedade

Pública

Estado de Conservação
Estado de Conservação

Pouco alterado

Registro Fotográfico
Data do Registro

Julho 2023

Título – titulo-12 – Soldado Aldomário Falcão
Descrição – descricao-12 – Busto do soldado Aldomário Falcão em bronze com base em alvenaria.
1.1 Título da Obra – 1-1-titulo-da-obra – Soldado Aldomário Falcão
1.2 Outras Denominações – 1-2-outras-denominacoes –
1.3 Categoria – 1-3-categoria – Escultura Pública
1.4 Subcategoria – 1-4-subcategoria – Busto
1.5 Tipologia – 1-5-tipologia –
1.6 Natureza – 1-6-natureza –
1.7 Temporalidade da Obra – 1-7-temporalidade-da-obra – Perene
2.1 Data de Execução / Inauguração – 2-1-data-de-execucao-inauguracao – 1976
2.2 Justificação da Data – 2-2-justificacao-da-data –
3.1 Autoria – 3-1-autoria – Carlo Crepaz
3.2 Ofício – 3-2-oficio –
3.3 Execução – 3-3-execucao –
3.4 Colaboração – 3-4-colaboracao –
3.5 Mini-biografia – 3-5-mini-biografia – O Artista Carlo Crepaz e aspectos da sua obra: Nascido na pequena Ortisei, interior da Itália, em setembro de 1911 e falecendo na cidade de Val Gardena, cidade natal de sua esposa Flora, em setembro de 1992, esse virtuose ítalo brasileiro, seguiu os passos do pai, o escultor Jakob, que não só o inspirou, como possibilitou que ele estudasse e posteriormente se tornasse professor, ainda na Itália. Muito jovem, Crepaz foi enviado a Alemanha nazista, como todo jovem italiano, no calor da Segunda Guerra Mundial. Esse é um capitulo especialmente revelador do caráter desse homem e artista, no amargor da luta sangrenta e do ceifar de vidas e mutilar de corpos, ele pôde utilizar de sua arte em benefício do ser humano, não importando sua nacionalidade. Como escultor em meio de uma Guerra, Crepaz utilizou de seu conhecimento de anatomia e escultura, o que possibilitou que trabalhasse numa fábrica na confecção de próteses ortopédicas para os feridos de guerra. Foram milhares e nesse sentido, a arte ocupou seu espaço humanitário num território de uma guerra insana. Carlo Crepaz, vem para o Espírito Santo em meados dos anos de 1950; sempre foi um observador do cotidiano, retomando suas vivências na Itália e Alemanha. Crepaz destacou-se pela sua sensibilidade e domínio da arte clássica no seu fazer escultórico. Chegando a Vitória no início da década de 1950, para serviços específicos no Santuário de Santo Antônio, ele morou no bairro de mesmo nome, onde também se localizava seu Ateliê. Seu trabalho sempre foi muito requisitado pelas autoridades locais e continua exposto em diversos espaços públicos de Vitória, compondo a ecologia urbana da capital. Em sua trajetória em terras capixabas, lecionou na Escola Pavoniana de Vitória (que o trouxe da Itália para finalizar as obras no Santuário de Santo Antônio), bem como na Escola de Belas Artes do ES e Universidade Federal do Espirito Santo. Seus primeiros trabalhos para a Escola Pavoniana envolveram obras em seu prédio e objetos e pinturas na igreja. Na Escola de Belas Artes, foi responsável pela disciplina de escultura e por formar toda uma geração de escultores capixabas. Fonte: CEDOC/LEENA/UFES
4.1 Endereço – 4-1-endereco – Morro da Caixa D’água
4.2 Bairro – 4-2-bairro –
4.3 Município – 4-3-municipio – Baixo Guandu
4.4 CEP – 4-4-cep –
4.5 Espaço de Implementação – 4-5-espaco-de-implementacao – Morro da Caixa D’água
4.6 Link do Google Maps – 4-6-link-do-google-maps –
4.7.1 Coordenadas Geográficas – Latitude – 4-7-1-coordenadas-geograficas-latitude – -19.5156
4.7.2 Coordenadas Geográficas – Longitude – 4-7-2-coordenadas-geograficas-longitude – -41.0123 19° 30′ 56″
5.1 Material – 5-1-material – Busto em bronze e base em alvenaria
5.2 Técnica – 5-2-tecnica – Fundição
5.3 Dimensões – 5-3-dimensoes –
5.4 Outras Dimensões – 5-4-outras-dimensoes –
5.5 Escala – 5-5-assinatura – Pequena (até 60 cm)
5.6 Assinatura – 5-6-assinatura – Não identificada
5.7 Placa/Inscrições – 5-7-placa-inscricoes –
5.8 Transcrição – 5-8-transcricao –
6.1 Temática – 6-1-tematica – Popular
6.2 Descrição Formal – 6-2-descricao-formal –
6.3 Dados Históricos – 6-3-dados-historicos – Segundo consta nos registros estaduais, o soldado Aldomário Falcão nasceu em 1903, em Baixo Guandu, e se alistou na Força Pública Estadual (ES) em 1929, sendo destacado para atuar no município de Colatina. Sua carreira militar caminhou por diversos municípios do Estado exercendo protagonismo em Itaguaçu, Viana, Cariacica e Vitória. Em outubro de 1930, Aldomário foi destacado para compor a missão de reforçar a defesa da fronteira em Baixo Guandu com Aimorés, impedindo a invasão dos revolucionários mineiros da Coluna Amaral, sob o comando do coronel Otávio Campos do Amaral (1885-1949), chefe das forças revolucionárias de Minas Gerais cuja missão era tomar o poder do Governo do Espírito Santo. Aldomário Falcão foi um herói capixaba que morreu tentando impedir que a Força Pública Mineira Revolucionária invadisse o estado do Espírito Santo para depor o presidente em exercício na época, Aristeu Borges de Aguiar (1892-1951), que no momento, estava sem o apoio da Força Pública Federal. Além disso, o Busto também é um memorial que representa o acordo firmado entre os governos dos estados do Espírito Santo e Minas Gerais sobre a linha de fronteira delimitando permanentemente ambos os territórios. A memória dos feitos heróicos deste glorioso combatente capixaba permaneceram por quase 50 anos enterrados na mesma trincheira em que foi abatido, até sua história ser novamente relembrada pelo Coronel Orely Lyrio (1935-), que com apoio da prefeitura local, em 1976 inaugurou, com honras militares, o busto em bronze instalado na montanha onde transcorreu a batalha em 1930, atualmente conhecido como Morro da Caixa D’água, de Baixo Guandu. Fonte: CEDOC/LEENA
7.1 Propriedade – 7-1-propriedade – Pública
7.2 Aquisição – 7-2-aquisicao –
7.3 Nível de Proteção – 7-3-nivel-de-protecao –
7.4 Tombamento – 7-4-tombamento –
8.1 Estado de conservação – 8-1-estado-de-conservacao – Pouco alterado
8.2 Comentários/Observações – 8-2-comentarios-observacoes –
8.3 Data da Avaliação – 8-3-data-da-avaliacao –
9.1 Preservação – 9-1-preservacao –
9.2 Intervenções de Conservação e Restauro realizadas na obra – 9-2-intervencoes-de-conservacao-e-restauro-realizadas-na-obra –
9.3 Profissional Responsável – 9-3-profissional-responsavel –
9.4 Data da Intervenção – 9-4-data-da-intervencao –
10.1 Autoria – 10-1-autoria –
10.2 Data do Registro – 10-2-data-do-registro – Julho 2023
10.3 Coleção – 10-3-colecao –
10.4 Inventário – 10-4-inventario –
11.1 Bibliográfica – 11-1-bibliografica –
11.2 Eletrônica – 11-2-eletronica –
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3 de outubro de 2022 por   

Anexos

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