Ziraldo Alves Pinto (Corredor de Monumentos Praça do Sol Poente)
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Anexos
Miniatura
Título
Ziraldo Alves Pinto (Corredor de Monumentos Praça do Sol Poente)
Descrição
Busto de Ziraldo Alves Pinto (1932), em concreto com pedestal em alvenaria.
autoria: Nilson Camizão.
1.1 Título da Obra
Ziraldo Alves Pinto (Corredor de Monumentos Praça do Sol Poente)
1.3 Categoria
Escultura Pública
1.4 Subcategoria
Busto
1.7 Temporalidade da Obra
Perene
2.1 Data de Execução / Inauguração
17/04/2008
2.2 Justificação da Data
informe da Prefeitura de Colatina
3.1 Autoria
Nilson Camizão
3.3 Execução
Próprio artista
4.1 Endereço
Praça Sol Poente
4.2 Bairro
Esplanada
4.3 Município
Colatina
4.4 CEP
29702-640
4.5 Espaço de Implementação
Praça Sol Poente
4.7.1 Coordenadas Geográficas – Latitude
19.5373019
4.7.2 Coordenadas Geográficas – Longitude
40.6351012
5.1 Material
Mármore sintético
5.2 Técnica
Fundição
5.5 Escala
Pequena (até 60 cm)
5.6 Assinatura
Não identificada
5.7 Placa/Inscrições
Sim
5.8 Transcrição
"Projeto corredor cultural
homenagem ao escritor Ziraldo
"Ler é mais importante que estudar."
Prefeio Municipal - João Guerino Balestrassi
Vice-Prefeito - Leonardo Deptulski
Superintendente de Cultura - Dimas depulski
6.1 Temática
Poetas Brasileiros
6.2 Descrição Formal
O corredor cultural nasceu da proposta gerenciada pela operadora ‘Tim: Grandes Escritores Brasileiros', um projeto que viajava o Brasil todo. Neste caso, o projeto contemplou o Município de Colatina para apresentação de grandes nomes da literatura e da arte. Por se tratar de um projeto cultural de incentivo à leitura, pensou-se inicialmente em criar um corredor de bustos para homenagear os escritores vivos. “A planta emérita dos bustos contempla nas observações que a obra se compõe de escultura, embora sejam tipos retratos”, define a plástica da obra o artista Nilson Camizão, em conversa com a pesquisadora.
O artista ressalta que o motivo que lhe atraiu para a participação e produção desta obra foi a ideia de conceber um corredor cultural de escritores vivos, como composição única até então no país. ‘A obra ‘Corredor Cultural’ é composta por sete bustos, um marco para a Cidade que na ocasião explorava este projeto de propagação da leitura e da cultura.’ O artista informou que aceitou a proposta com intuito de contribuir com a Arte na cidade. ‘Uma ação de retribuição e agradecimento pelos seus filhos que nasceram aqui.’ Nilson ressalta que na época fez um contrato com a prefeitura de mensalidades para prestação de serviços, um valor simbólico em relação ao valor real da escultura. Nilson relata que ficou insatisfeito com a desvalorização da obra, mas que a produziu pelo fato do corredor favorecer culturalmente a cidade, que a fez contribuir para o fortalecimento e propagação cultural.
Nilo Camizão reforça que sua satisfação se dá pelo fato de ter retratado o busto do artista Filogônio em vida, ‘uma felicidade saber que ele andava pela cidade, imaginar que este pintor/ escritor poderia passar pelo corredor, e se auto identificar, reconhecer e sentir homenageado, valorizado e representado como o um artista que fez a diferença cultural na cidade, com pinturas reconhecidas’. Saber disso para Camizão é muito bom. Ele cita ainda o grande escritor Affonso Romano de Sant ́Anna, escreveu e publicou o livro ‘Desconstruindo Duchamp’ ‘importantíssimo para a História da Arte no Brasil, todos os estudiosos de arte já o leram’.
Fala ainda sobre Marina Colasanti que é uma grande artista, pintora, ilustradora. Ziraldo um personagem respeitado e reconhecido internacionalmente por suas incríveis histórias e feitos publicados. Zuenir Ventura, Inácio Loyola de Brandão escritor, diretor da revista ‘Planeta’ dos anos 70, que hoje é colunista do jornal O Estado de S. Paulo. ‘A obra em seu conjunto retrata figuras muito importantes para a arte.’ Ressalta.
Nilo relembra que a ideia principal do corredor cultural era fazer réplicas das peças em bronze que seriam fundidas por ele para compor uma exposição itinerante que percorrerá as cidades residenciais dos artistas iniciando por Vitória, passando pelo Rio e por fim São Paulo.
O artista relembra que na época a secretaria de cultura resolveu inaugurar alguns bustos sem avisar, o que deixou Ziraldo chateado, tendo na ocasião o escritor ligado e externar sua insatisfação, uma vez que poderiam ter reunido todos os artistas retratados para a inauguração que seria um evento cultural memorável. Outro escritor chateado com a inauguração antecipada foi Afonso Santana, que teve uma reação não muito boa, comungava da ideia de reunir todos os retratados para a ocasião. O artista Nilo Camizão enfatizou que todos os retratados são pessoas de grande importância para a Cultura e Literatura Brasileira e que não consegue entender o fato de que Colatina perdeu este momento de grande importância. Mas que apesar da política, é de suma importância o investimento em Arte Urbana para instalação de obras em praça pública e espaços geográficos urbanos. Sendo um dever do Estado incentivar artistas a propagar sua Arte, promovendo esteticamente locais de intervenção na cidade como tem no Rio e São Paulo, sendo carente aqui no Estado investimentos que promovam monumentos como este, que é de grande importância cultural e artística para o interior e a sede do Estado.
Nilson Camizão fala que esta obra é fruto de uma proposta que pretendia fazer. Ele narra que em seu projeto inicial pretendia fazer um corredor cultural partindo de Linhares, Colatina, São Roque, Santa Tereza, Vitória e Guarapari, finalizando com o lançamento do livro ‘Corredor Cultural”. Retrata ainda a infeliz cena cujo ex prefeito Sérgio Meneguelli, ‘ao ter que remover as obras de local, não teve zelo para recuperar as peças que foram jogadas no chão e emendadas com cimento, sem nenhum cuidado para contratar profissionais especializados para realizar a remoção e restauração das peças, demonstrando com esta atitude pouco caso com a obra.’ Por fim, Camizão informou que o processo de fabricação foi bem acelerado, o que prejudicou a finalização idealizada pelo artista. Ele conta que produziu as sete obras entre cinco e seis meses, que a ideia original era ambiciosa, já que seria composta por 40 bustos e a pressa demonstrada pela equipe da época o fez abandonar o projeto inicial, concluindo então o corredor com os sete bustos que atualmente encontram-se instalados na praça Sol Poente, mas que para ele de maneira geral a cidade ganhou muito com esta obra.
Escritores Homenageados em vida:
-Sérgio Cabral- jornalista e político brasileiro
-Ziraldo- criador de personagens famosos, como o Menino Maluquinho, e é, atualmente, um dos mais conhecidos e aclamados escritores infantis do Brasil
-Marina Calassanti- autora publicou mais de 70 obras para crianças e adultos
-Zuenir Ventura- é um jornalista e escritor brasileiro.
-Ignacio de Loyola Brandão- um contista, romancista, jornalista brasileiro e membro da Academia Brasileira de Letras.
-Filogônio Barbosa Aguiar- artista plástico, poeta, diretor de teatro e escritor
-Affonso Romanao de Sant'Anna escritor e poeta brasileiro.
A obra hoje é apreciada pelos transeuntes que transitam pela praça Sol Poente, os quais conseguem contemplar e identificar cada artista representado pelo busto no corredor.
O Técnico e Coordenador Musical da Secretaria de Cultura Sr. Efraim Maia Chaves, informou que a obra foi inaugurada no pleito do prefeito Guerino Balestrassi. Que originalmente a obra teria continuidade, mas que devido a mudança de governo da época teve que ser interrompida, mas que a mesma é de grande importância para a Cidade.’
Fontes: -Biblioteca Pública Municipal de Colatina;
-Secretaria Municipal de Cultura de Colatina;
-Informações cedidas pelo escultor Nilson Camizão , Efraim Maia Chaves, Jornalista Nilo Tardin.
http://www.escultornilsoncamizao.com/
https://diariodigitalcapixaba.com.br/noticia/1398/gigantes-da-literatura-e-das-artes-tombam-pela-maos-da-prefeitura-de-colatina
Coordenação – Prof. Drº Aparecido José Cirillo
Fotografias – Eloiza Comério e Nilo Tardin.
6.3 Dados Históricos
Ziraldo Alves Pinto (Caratinga, 24 de outubro de 1932) é um cartunista, chargista, pintor, escritor, dramaturgo, cartazista, caricaturista, poeta, cronista, desenhista, apresentador, humorista e jornalista brasileiro. É o criador de personagens famosos, como o Menino Maluquinho, e é, atualmente, um dos mais conhecidos e aclamados escritores infantis do Brasil. Ziraldo é pai da cineasta Daniela Thomas e do compositor Antonio Pinto.
Em 1960 lançou a primeira revista em quadrinhos brasileira feita por um só autor, Turma do Pererê, que também foi a primeira história em quadrinhos a cores totalmente produzida no Brasil. Embora tenha alcançado uma das maiores tiragens da época, Turma do Pererê foi cancelada em 1964, logo após o início do regime militar no Brasil. Nos anos 70, a Editora Abril relançou a revista, desta vez, porém, sem o sucesso inicial.
Em 1960 recebeu o "Nobel" Internacional de Humor no 32º Salão Internacional de Caricaturas de Bruxelas e também o prêmio Merghantealler, principal premiação da imprensa livre da América Latina.
Foi fundador e posteriormente diretor do periódico O Pasquim, tabloide de oposição ao regime militar, uma das prováveis razões de sua prisão, ocorrida um dia após a promulgação do AI-5.
Em 1980 lançou o livro "O Menino Maluquinho", seu maior sucesso editorial, o qual foi mais tarde adaptado na televisão e no cinema. Para televisão, foi adaptado em 2006 pela TV Brasil, chamada Um Menino muito Maluquinho, que durou uma temporada com vinte e seis episódios sob a direção de Anna Muylaert e Cao Hamburger.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ziraldo
7.1 Propriedade
Pública
7.2 Aquisição
Encomenda
7.3 Nível de Proteção
Municipal / individual
8.1 Estado de conservação
Pouco alterado
8.2 Comentários/Observações
A praça foi remodelada e os bustos movidos e organizados em local diferente da inauguração, mas presentes no mesmo local.
8.3 Data da Avaliação
maio 2022
9.1 Preservação
Pouco alterado
10.1 Autoria
Eloiza Comério e Nilo Tardin.