glossário
No glossário do Arte Pública Capixaba você terá acesso às definições de termos frequentemente mencionados em nosso site.
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Diz-se de uma escultura cuja superfície já foi acabada, com base num polimento realizado pelo próprio autor ou sob a sua direção.
"A"
Termo que identifica a última fase da técnica escultórica, tendo como sequência comum a aplicação de policromias ou patines sobre a superfície esculpida. Para acabamento de esculturas em metal utilizam-se ferramentas como as limas, cinzéis, talhadeiras e riscadores. Para o acabamento de esculturas em pedra, recorre-se a ferramentas como as grosas, raspas, pedras de brunir, pedra pomes. Para o acabamento de peças em madeira e marfim utilizam-se polidores como as lixas.
"A"
O termo designa uma escultura a que o tempo degolou, isto é, que se apresente sem a cabeça que originalmente a compunha. O termo também caracteriza os fragmentos de estátua ou de imagem que se conservam sem a cabeça.
"A"
Quando uma peça foi realizada e acabada sem o emprego de qualquer coloração.
"A"
Relevo cujas figuras ou formas apresentam, pela sua saliência, mais de metade do seu volume real, e em que algumas das partes podem estar destacadas do fundo.
"A"
Metal semelhante à prata, ligeiro e resistente, que oxida em contato com o ar. Polido, adquire uma superfície brilhante que é envernizada para se conservar.
"A"
Forma do corpo de uma escultura.Tipo escultórico que reproduz os músculos, ossos e as diferentes partes que formam o corpo humano ou o de um animal.
"A"
Mistura de cal, areia e água que serve para ligar ou unir as diferentes partes que constituem as esculturas de pedra ou de mármore.
"A"
Material maleável composto pela combinação de diversos minerais, sílica, alúmen e água, que ao desidratar-se adquire consistência.
"A"
Quando numa composição escultórica se produziu um desequilíbrio na sua ordenação simétrica axial.
"A"
Elemento(s), objeto(s), animais, plantas, etc – que acompanha(m) as esculturas e através dos quais se pode chegar à sua identificação iconográfica. Nas imagens de santos, de personagens sagradas, ou da mitologia, representam simbolicamente episódios das suas vidas.
"A"
Relevo cujas formas criam uma saliência inferior a metade do volume real das figuras ou dos elementos representados.
"B"
Massa de argila utilizada para unir várias peças de barro cru.
"B"
Substância natural (uma forma comum de solo) composta na sua forma mais pura pela poeira das rochas vulcânicas. Quando combinada com água obtém plasticidade; ao secar adquire uma textura compacta; quando cozida ganha resistência física.
"B"
Termo que identifica genericamente um elemento de suporte de diversas plantas e formas, que tem como função servir de apoio a uma escultura.
"B"
Esqueleto de madeira executado para servir como suporte de telas. Na imaginária, é sinônimo dos termos armação e alma, e aplica-se à estrutura de madeira das imagens de roca.
"B"
Escultura executada em duas dimensões – altura e largura, pelo que se identifica sobretudo com o baixo relevo.
"B"
Cerâmica de tonalidade branca sem esmaltes ou pinturas que foi cozida duas vezes.
"B"
Operação que consiste em dar uma tonalidade branca de gesso a uma escultura, como preparação para receber a policromia.
"B"
Liga de cobre e de estanho cujas propriedades são modificadas pela adição de outros metais como o zinco, a prata, o chumbo, etc. O bronze utilizado para a estatuária tem entre 70% a 90% de cobre, entre 2% a 15% de estanho, acrescidos de chumbo, de zinco ou eventualmente, em certos casos, de outros elementos. Para produzir uma obra em bronze, esta liga é levada ao seu ponto de fusão (c. 1 100 ºC) e depois deitada sobre um molde.
"B"
Técnica de acabamento que consiste em dar a várias matérias o aspecto do bronze antigo. Consiste na aplicação sobre a superfície de “pó de bronze”, constituído por óxido de estanho e enxofre misturados em partes iguais e fundidos.
"B"
Polir.
"B"
Polir.
"B"
Representação em vulto da parte superior do corpo humano, incluindo a cabeça, o pescoço, o pescoço, uma parte variável das costas, dos braços, do peito e do tronco. O corte inferior pode ser horizontal sob os ombros (busto à italiana), vertical de cada um dos lados da base do pescoço (busto em hermes), etc.. O corte de um busto é a secção resultante quer ao nível das costas, verticalmente, quer ao nível do peito, horizontalmente. O contorno de um busto corresponde às linhas que contornam esse busto. Os bustos cujo contorno inferior é arredondado são normalmente suportados por peanhas. A secção, para os bustos sobre peanha com as costas escavadas, é dada pela profundidade do corte ao nível do braço e das costas. É sobre a secção que normalmente se colocam as inscrições, datas, assinaturas, etc. Em sentido lato, diz-se que as personagens representadas nos baixos relevos (com o pescoço, uma parte das costas e o peito) estão representadas em busto. A representação em relevo da parte superior do corpo, incluindo os braços, é geralmente denominada meio-corpo.
"B"
Representação em vulto ou em relevo da extremidade superior do corpo humano ou da extremidade anterior do corpo do animal incluindo a cabeça e o pescoço. Medida usada na arte para estabelecer o cânone de uma escultura e que utiliza a medida da cabeça para poder aferir o equilíbrio geral da obra. O cânone foi estabelecido pelo ideal grego que considerava sete ou nove cabeças.
"C"
Significa regra. São as medidas e proporções humanas que correspondem a um tipo ideal e que, quando aplicadas, resultam numa harmonia perfeita entre as diferentes partes do corpo.
"C"
Processo para execução de esculturas em bronze que consiste em cobrir com cera a alma de argila da obra em protótipo ou modelo, para posteriormente voltar a cobri-la com argila; o metal fundido introduz-se depois entre as duas camadas de argila, saindo a cera derretida pela parte inferior da escultura; por último, o metal esfria ficando solidificado.
"C"
Substância em pó composta por silicato de alumínio e cálcio que, quando misturada com água, forma uma argamassa que seca com rapidez.
"C"
Metal. Material amarelado ou avermelhado que habitualmente se usa para executar obras de pequenas dimensões. Em escultura, é trabalhado com a técnica de martelagem e de repuxagem. No seu estado puro, é muito maleável e apresenta boas qualidades de resistência mecânica. Quando exposto à humidade forma-se na sua superfície uma camada de carbonato hidratado, de cor verde, denominado verdete. É um importante componente de várias ligas metálicas.
"C"
Organização das formas numa obra de arte. Em escultura, refere-se ao equilíbrio e relação entre a massa, o volume as formas e o espaço.
"C"
Imitação ou reprodução fiel, executada em escultura, de uma obra acabada esculpida anteriormente. A cópia pode ser feita num material e/ou escala diferentes da obra que lhe serve de modelo, mas respeita as proporções, a composição e a expressão: neste caso denomina-se réplica. A réplica pode ser reduzida, quando executada numa escala menor do que a da obra que reproduz, ou executada em grande formato, isto é, numa dimensão superior à da obra que é replicada. As réplicas são executadas pelos autores dos originais, por outros sob as suas orientações, pelas suas oficinas ou por outros artistas que se inspiram na obra original e copiam-na interpretando-a (cópias de interpretação e cópias de estudo). As cópias podem também ser contrafeitas, ou seja, ilícitas, dando origem a esculturas falsas e a pastiches.
"C"
Processo de eliminação das matérias-primas até determinar o volume da escultura.
"D"
Sinónimo de costas e reverso.Termo que designa a parte traseira de uma escultura.
"D"
Técnica de acabamento que consiste em revestir uma obra de uma fina camada de ouro, que pode ser aplicada segundo processos muito variados. Entre os principais, convém citar o dourado com folha de ouro, que se pratica a quente, sobre superfícies metálicas previamente preparadas, ou a frio, sobre a madeira, o estuque ou a pedra, cobertos por uma base de preparação. As técnicas de douragem mais correntes na escultura portuguesa são designadas como dourado a água ou dourado a mordente. Os processos contemporâneos de douragem incluem o dourado com mercúrio, que consiste em endurecer um objeto metálico com a amálgama (mistura de ouro e de mercúrio) e aquecê-la, para fazer evaporar o mercúrio e fixar o ouro sobre o objeto; o dourado por eletrólise, usado para objetos metálicos, utilizando fenômenos químicos de deslocação dos íons numa solução, quer pela simples presença de um polo metálico (o objeto a dourar), quer fazendo passar uma corrente elétrica. A adição de detalhes dourados pode fazer-se com colagem (dourado a óleo, por exemplo) ou com pintura, com o pó de ouro misturado com um mordente ou um ligante.
"D"
Técnica de aplicação da folha de ouro que consiste na sobreposição da folha metálica sobre um bolus ou preparado de gesso que é umedecido com água antes da aplicação de cada folha.
"D"
Técnica de dourar na qual a folha de ouro é aplicada com um óleo ou um verniz da cor do ouro e não com água, produzindo um acabamento mate. Esta técnica de acabamento pode ser utilizada sem um branqueamento preparatório da matéria esculpida.
"D"
Disposição ou distribuição das pregas dos panejamentos e das vestes das esculturas.
"D"
Aplica-se o termo em escultura quando se retira um certo número de peças do mesmo molde, como acontece por exemplo nos bronzes.
"E"
Representação em relevo ou em vulto de uma pessoa viva ou morta (efígie funerária, efígie de um santo), em particular do rosto ou cara.
"E"
O centro a partir do qual se produz a ordenação simétrica de um grupo ou da composição escultórica; pode ser horizontal ou vertical.
"E"
Nome da operação que consiste em dar cor às partes de uma obra que representam a figura humana e que não estão cobertas pelas vestes: a figura ganha “carnação” (v.). Na escultura em madeira significa a aplicação preparatória de gesso para aplicação posterior da policromia nas carnes.
"E"
Embeber com cola para evitar que uma superfície absorva os pigmentos da coloração.
"E"
Operação que consiste em aplicar gesso sobre a superfície das esculturas para as estofar e policromar.
"E"
Técnica de revestimento terroso, constituído por argila fluida aplicada sobre uma peça em barro antes da cozedura.
"E"
Juntar, unir, partes, elementos ou peças que constituem uma obra esculpida. Termo usado na retabulística para designar a atividade de montagem do conjunto.
"E"
É um dos mais antigos processos usados para esculpir. Consiste num processo subtrativo executado sobreuma massa sólida de material resistente (suporte) através do corte, cinzelagem ou abrasão de modo a criar uma forma determinada. V. esculpir, talhar.
"E"
Aplicar um verniz.
"E"
Etimologicamente, designa o que é escrito sobre, não especificando a natureza do suporte. Enquanto disciplina científica que estuda a escrita, ocupa-se do estudo das epígrafes, isto é, dos documentos escritos sobre suportes rígidos (pétreos, lígneos, metálicos ou cerâmicos) através das técnicas da gravação e da escultura tendo como finalidade a publicitação dos seus conteúdos e a sua durabilidade.
"E"
Desenho preparatório de uma obra de arte. Fase da produção de uma escultura na qual as formas principais já foram dadas à matéria dessa obra (pedra, madeira, marfim, barro…), enquanto os pormenores e o acabamento ainda não foram executados. Bozzetto, em italiano.
"E"
Processo de concepção de uma obra de arte a partir do qual se cria uma escultura. Refere-se ao talhe de uma figura, de um ornamento ou de qualquer outra forma na pedra, no mármore, no marfim, na madeira ou num material duro, criando um relevo ou uma escultura de vulto. Por extensão, designa a execução de formas em vulto ou em relevo através de diversas técnicas (modelagem, moldagem, talha, fundição, repuxagem, colagem etc). Para esculpir em cera utilizam-se espátulas, facas, limas, lixas. Esculpir em madeira tem o mesmo significado de entalhar ou talhar. Os instrumentos utilizados variam nas fases de corte e desbaste para a do entalhe. Para o corte e desbaste usam-se serras, machados de corte, enxós, rebotes, plainas e graminhos. Para o entalhe são usados os formões, as goivas de diversos tamanhos e feitios, os cinzéis, os buris e os furadores, com o auxílio dos maços de madeira de carvalho ou de sobreiro. Para o polimento são utilizados abrasivos como as lixas, as raspas ou a pedra pomes. Na escultura em metal temos quase sempre peças fundidas (v. fundição, cera perdida). Esculpir em pedra significa entalhar ou talhar. Os instrumentos utilizados podem ser réguas, esquadros, compassos, fios de prumo, ponteiros, para marcação de pontos, eixos ou ângulos. Utilizam-se ferramentas de percussão (martelo, bojarda, picão, picareta, maço, marreta, cunha), ferramentas cortantes (trépano, badames, escopros lisos e dentados também denominados gradins, cinzel, goivas para pedras brandas, brocas de vários tamanhos) e as ferramentas de abrasão como a serra, lima, raspa, grosa e pedras abrasivas.
"E"
Técnica que conjuga o ofício de ceramista com a atividade do escultor, dando à cerâmica o volume ou formas próprias do objeto escultórico. (v. Faiança).
"E"
Escultura que se integra no programa decorativo de um jardim ou de um ambiente exterior.
"E"
Obra esculpida para se integrar num edifício, num monumento, num móvel ou num objeto e que se relaciona nas suas linhas e nos seus efeitos com a parte do edifício, monumento ou móvel que decora. (v. Escultura ornamental).
"E"
Obra esculpida que não foi concebida para se integrar em nenhum edifício, monumento, móvel, ou para decorar um objeto.
"E"
Termo genérico que designa as figurinhas (em porcelana, terracota, faiança, gesso, zinco, alumínio, etc.), os relevos de aplicação em metal, assim como muitas outras esculturas que decoram diferentes objetos e utensílios reproduzidos industrialmente em grande número.
"E"
Escultura de vulto concebida para se situar num conjunto arquitetônico (jardim, praça pública)ou num espaço destacado (centro de uma sala, por exemplo) mas que não entra necessariamente na decoração de um edifício, de um monumento ou de um móvel. Está normalmente colocada sobre uma base ou um pedestal.
"E"
É uma escultura de vulto, um relevo ou uma escultura funerária que está integrada e subordinada a um edifício ou a um monumento, destinada a celebrar a memória de uma pessoa, de um acontecimento, de uma ideia. Na análise plástica, o termo também se aplica na descrição de uma obra de grandes dimensões.
"E"
É uma escultura de vulto isolada, de grandes dimensões, colocado na maior parte das vezes sobre um pedestal ou qualquer outro suporte. A estátua equestre é uma escultura-monumento.
"E"
É uma obra esculpida representando um motivo convencional geométrico, ou formas naturais, geralmente estilizadas, que decora um edifício, uma edícula, um retábulo, um monumento, um móvel ou um objeto. (v. Escultura decorativa).
"E"
Designa as obras escultóricas instaladas em espaços públicos e por isso acessíveis e visíveis a todos os públicos.
"E"
Termo derivado do italiano “graffito”. Técnica de decoração ou de desenho na qual se risca, com pouca profundidade, sobre uma superfície superior para revelar a superfície inferior (exemplo: estofado esgrafitado). Esgrafito é a marca e a forma que a ferramenta imprimiu sobre a superfície.
"E"
Identifica uma imagem ou uma estátua que substitui o fuste de uma coluna.
"E"
Escultura ou grupo escultórico em que se representa uma personagem montada a cavalo.
"E"
Arte de executar estátuas, utilizando os processos e técnicas da escultura. Qualificativo aplicado àquilo que tem relação com as estátuas, ou seja, a representação tridimensional da forma humana, animal ou fantástica.
"E"
Elemento de suporte de escultura. Pilastra ou pedestal com a forma de pirâmide invertida.
"E"
Trabalho preliminar de uma escultura que procura captar a sua composição, disposição geral, e os seus detalhes, como por exemplo os panejamentos, as folhagens ou partes dos corpo, como referência para a passagem a uma composição de maiores dimensões numa fase posterior do processo escultórico.
"E"
A face de uma estátua ou de uma imagem corresponde à parte frontal do corpo, pela qual ele se apresenta. A face de um relevo é aquela que serve de plano à escultura ou à inscultura.
"F"
O termo pode utilizar-se para designar a escultura em terracota policromada e vidrada. A designação caracteriza a pasta de argila ou de barro que, após uma primeira cozedura, é coberta por uma substância à base de esmalte estanífero e depois pintada com óxidos metálicos. Durante uma segunda cozedura, o esmalte estanífero vitrifica-se, tornando a peça brilhante e impermeável. Pode denominar-se majólica. (v. Escultura cerâmica)
"F"
É um metal branco, dúctil, maleável e muito resistente, que oxida em contato com o ar. A proteção da superfície com mínio (óxido salino de chumbo conhecido como vermelhão ou zarcão) impede a oxidação.
"F"
O termo identifica as esculturas de vulto aplicadas na popa de uma embarcação.
"F"
O termo identifica as esculturas de vulto aplicadas na proa de uma embarcação.
"F"
O termo refere-se às representações plásticas que têm a natureza como referente, em oposição a qualquer representação em que essa mimesis não é possível, como no informalismo.
"F"
Escultura de vulto, de pequenas dimensões, executada em barro, em marfim, em pedra ou em metal. Uma figurinha tem uma dimensão em altura inferior a 25 centímetros. As tanagras, os biscuits de Sèvres são muitas vezes figurinhas.
"F"
Fina lâmina de ouro (ver “pão de ouro”).
"F"
Conjunto arquitetônico ou composição esculpida, provido de um sistema de adição de água dissimulado no seu aparelho ou nos elementos esculpidos (em relevo ou em vulto), deitando um jorro de água recolhido numa bacia/taça inferior.
"F"
Em escultura, a forma resulta da composição dos volumes das várias partes constituintes da massa.
"F"
Técnica escultórica contemporânea que consiste na passagem de imagens fotográficas para dimensões tridimensionais.
"F"
Parte de uma obra que se encontra desmembrada. O fragmento de um grupo pode estar íntegro ou apresentar lacunas. Uma escultura de vulto destacada por ruptura de um grupo escultórico não é considerada uma imagem ou uma estátua isolada, e sim um elemento fragmentário de um grupo.
"F"
Processo escultórico aditivo. Conjunto de operações que permite obter segundo um modelo um ou mais exemplares em matéria metálica, saindo cada um deles de um molde. Distinguem-se dois grandes processos de fundição: a fundição a cera perdida e a fundição a areia. (v. Cera perdida). A fundição a areia implica que o molde seja produzido numa areia muito fina mas muito compacta; as obras a fundir através deste processo não são muito complexas, ou quando aplicado nestes casos, obriga à fundição em várias partes.
"F"
Material composto por sulfato de cal (sulfato de cálcio) de cor branca obtido por desidratação e pulverização. Existem diferentes variedades, entre as quais o gesso de modelador. Imerso na água, o gesso torna-se um material plástico, empregue pelas técnicas de moldagem, endurecendo quando seca. O termo designa também um modelo ou um estudo executados em gesso.
"G"
Rocha eruptiva, dura, de textura granulosa e cristalina, formada essencialmente por feldspato, mica e quartzo, mais ou menos agregados, que apresenta tonalidades variadas consoante as proporções dos elementos constituintes.
"G"
Sinónimo de Herma. Escultura com a forma de uma cabeça, de um busto ou de um meio corpo suportado por uma pilastra, como se crescesse a partir daí. O termo deriva da representação grega do deus Hermes. Pode servir, como na origem grega clássica, como estátua de marcação da propriedade do espaço.
"H"
O significado literal do termo é “descrição das imagens”. A iconografia é a disciplina que identifica e classifica os temas de uma obra de arte.
"I"
O significado literal do termo é “conhecimento das imagens”. A iconologia é a disciplina renovada pelo historiador de arte Erwin Panofsky que, para além de descrever e classificar os temas, investiga o significado das obras de arte enquanto documentos culturais a partir dos assuntos eleitos por artistas e encomendadores.
"I"
Tipo de decoração feita com materiais embutidos sobre outros, combinando-se os maleáveis com os duros.
"I"
Ato de esculpir em relevo negativo, do qual resulta uma inscultura.
"I"
Expressão artística contemporânea. Integra-se no campo das artes do espaço, muito mais alargado que o da tridimensionalidade escultórica. É uma obra unitária, podendo ser multiforme e composta de várias partes; implica a ideia de transformação do espaço e integra quaisquer meios de expressão sem que nenhuma parte da ação, do pensamento do artista, do processo artístico ou do papel do espectador sejam excluídos.
"I"
Pedra talhada com forma geométrica, habitualmente com função em monumentos funerários. Pode apresentar inscrições epigráficas, decoração ou figuração.
"L"
Liga metálica à base de cobre e de zinco. Apresenta coloração amarela, independentemente da proporção da liga.
"L"
Tecido lígneo que forma primeiro a casca e depois o tronco das árvores, constituindo-se progressivamente durante a sua existência. Só a parte central (o burame), mais seca e de textura mais densa é usada nos processos escultóricos subtrativos. As essências de madeira têm características de coloração, de grão e de dureza diferentes, o que as torna mais ou menos próprias para a escultura. Em função da estrutura anatómica, as madeiras separam-se em dois grupos: as resinosas e as folhosas. Nas madeiras folhosas incluem-se: a acácia mimosa, o bordo comum, o bordo da Noruega, o castanheiro da Índia, o amieiro, a cerejeira, o pau rosa, o medronheiro, o pau cetim, o vidoeiro, a sucupira, o buxo, o pau brasil, o mogno branco da Índia, o castanheiro, o cedro, a alfarrobeira, a olaia, o loureiro, a aveleira, o pau preto, o jacarandá, o sissó, o ébano africano, a faia, o eucalipto, o freixo, o jacarandá, a amoreira, a oliveira, o vinhático, o plátano, o choupo, o carvalho, o salgueiro, o sândalo, a tília, o angelim. Nas madeiras resinosas incluem-se: o abeto, a araucária, o cedro, a criptoméria, o cipreste, o zimbro, o pinho, a casquinha, a sequóia, o teixo, a tuia. Para o trabalho escultórico dividem-se entre madeiras duras (buxo, mogno…), semiduras (carvalho, cerejeira, nogueira, teca, faia, olmo, plátano…) e macias ou brandas (cedro, balsa…).
"M"
Reprodução de uma escultura feita à escala, tomando-a como modelo.
"M"
Matéria óssea de origem animal, normalmente extraída do dente ou presa do elefante, mas também do hipopótamo ou da morsa, com propriedades de densidades e dureza que oferecem resistência ao trabalho, adquirindo brilho quando polida. As suas tonalidades variam entre o esbranquiçado cremoso e o amarelado.
"M"
Rocha metamórfica cristalina, com a mesma composição química que o calcário (carbonato de cálcio), mas de maior dureza na sua estrutura; pode ter diferentes colorações. O mármore estatuário, usado em escultura, deve apresentar uma grande homogeneidade de textura e de cor; é susceptível de ser polido.
"M"
Processo escultórico aditivo. Ação de produzir uma obra em materiais plásticos (terra, cera, barro, estuque), à mão ou com a ajuda de pequenos utensílios, primeiro por junção e depois por supressão da matéria. Na análise estética, o termo modelação aplica-se à representação da luz e da sombra de modo a criar ou a acentuar a ilusão das propriedades tridimensionais de uma figura ou de um objeto. Segundo Joaquim Machado de Castro, as ferramentas para modelar em barro devem ser de madeira rija; o buxo apresenta uma certa flexibilidade natural que facilita o trabalho. Para modelar em cera, ainda segundo Joaquim Machado de Castro, o ébano e o marfim são bons materiais para ferramentas nesta tarefa, pois são compactos e rijos.
"M"
Sinónimo de protótipo. Obra acabada destinada a ser reproduzida num material definitivo: pedra, mármore, bronze, etc. O modelo pode ter a mesma dimensão que a obra definitiva, ou apresentar uma relação de escala com ela. O modelo de uma obra talhada faz-se muitas vezes em terracota ou em barro; o modelo de um bronze fundido a cera perdida faz-se em cera, eventualmente com uma alma em barro ou argila; o modelo de uma obra fundida através da fundição a areia faz-se em areia ou numa equivalente matéria dura (barro, madeira, metal, matérias plásticas). (v. Esboço, estudo, maquete)
"M"
Peça que serve para reproduzir uma obra, copiando-a em negativo através da introdução de líquido, ou de metal líquido, dentro de um vão que pode ser em gesso, em cera, em barro, obtendo uma peça em positivo. Moldagem é o processo escultórico através do qual se utiliza um molde para executar uma obra.
"M"
Obra de arquitetura ou de escultura erguida em memória de um defunto, quer sobre a sua sepultura, quer noutro local; as suas dimensões podem variar desde o sarcófago ou da estela funerária até um verdadeiro edifício.
"M"
Forma física de uma coisa, de um material, de um objeto, normalmente relacionada com o arranjo das suas partes constituintes.
"M"
Termo francês que designa um material produzido com polpa ou pasta de papel.
"P"
Aspecto da superfície de um bronze ou de outro material produzido naturalmente pela ação do tempo e das condições de conservação desse material. A patine natural do bronze, devida a uma sulfuração lenta da sua superfície, varia segundo a composição do bronze e o meio onde se conserva. As patines artificiais do bronze obtêm-se, depois da decapagem da sua superfície, pela ação controlada de diversos ácidos ou de misturas que uniformizam a superfície da obra e lhe dão colorações variadas, tais como a patine verde à antiga, ou a patine acastanhada à florentina. Na escultura em pedra, identifica a crosta terrosa que se forma na superfície devido à ação prolongada de agentes físicos.
"P"
Termo genérico utilizado para identificar os suportes, sólidos e fixos, que se colocam sob elementos arquitetônicos. Em escultura, designam aqueles suportes que sustentam uma obra.
"P"
Escultura cujo acabamento inclui a pintura com várias cores.
"P"
Cobertura multicolor de uma escultura.
"P"
Obra esculpida que apresenta elementos em ressalto de um fundo; o relevo pode variar desde o baixo-relevo até ao alto-relevo, de acordo com o volume mais ou menos pronunciado que as formas apresentam, mas é por princípio inferior a 3/4 do seu volume real.
"R"
Processo subtrativo que consiste em talhar uma forma ou uma figura de um bloco de material sólido, como um bloco de pedra ou de madeira, retirando-lhe material.
"T"
Processo escultórico no qual o artista não está em contato direto com a manipulação do material escultórico. Aplica-se também a qualquer processo subtrativo que consiste em talhar uma forma ou uma figura num bloco de material sólido, de pedra ou de madeira, através de uma máquina de pontos que é utilizada para transpor medidas de base dum modelo ou de um estudo para a superfície de uma escultura com o objetivo de o reproduzir, aumentar ou reduzir.
"T"
As características visuais e tácteis das superfícies. Numa estrutura, essas características são dadas pela dimensão, forma, composição e proporções das partes que a compõem, como os grânulos, ou grão, as partículas e as diferentes variações da sua composição.
"T"
Atividade que consiste em dar forma a uma obra de madeira através de meios mecânicos.
"T"
Referência(s):
CARVALHO, Maria João Vilhena de. Escultura: Normas de inventário – Artes Plásticas e Artes Decorativas. Lisboa: Instituto Português de Museus, 2004.