Conjunto de Esculturas no Quiosque da Loira
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Anexos
Miniatura
Título
Conjunto de Esculturas no Quiosque da Loira
1.1 Título da Obra
Conjunto de Esculturas no Quiosque da Loira
1.3 Categoria
Escultura Pública
4.1 Endereço
ES 060
4.2 Bairro
Centro
4.3 Município
Piúma
4.5 Espaço de Implementação
Calçadão praia
4.7.1 Coordenadas Geográficas – Latitude
20.8441996
4.7.2 Coordenadas Geográficas – Longitude
40.7360226
5.1 Material
Concreto
6.3 Dados Históricos
Sobre a Sereia:
As histórias e lendas sobre as sereias aparecem em várias culturas e todas elas mostram a força e o poder da sedução. Em alguns mitos e lendas as sereias foram batizadas por outros nomes e descritas como mulher-peixe, com longos cabelos loiros, sempre cantando ao se pentear, usando seus pentes, espelhos e perfumes.
Segundo Judite Zamith Cruz, para Jung, o princípio feminino anima foi visto como uma ou outra criatura híbrida, ambígua, uma espécie de ser vindo do ar, do mar ou do mais profundo inconsciente: simultaneamente peixe e mulher. Primeiro o seu corpo foi de pássaro e depois de peixe, de acordo com as lendas nórdicas.
O canto representa a força de atração que atinge algo que está além das construções defensivas do ego, indo mobilizar diretamente poderosos aspectos inconscientes da personalidade. Em todas as expressões dos sons, a música e a voz são os instrumentos utilizados para atrair, seduzir e convencer, ultrapassando todos os contra-argumentos retóricos, morais e psicológicos. Essa força de sedução do som é capaz de tocar e despertar algo profundo, causando uma atração encantadora e irresistível que é parte essencial desse símbolo, talvez a razão profunda do tema da sexualidade.
Entre outras coisas, a sereia representa a sedução arquetípica, a sedução da psique unilateral. Seduzir vem do latim seducere e significa, dentro de seu campo semântico, conduzir à parte, guiar a outro lado, mudar de rota ou de direção, deslocar, divagar, digredir, obrigar à mudança que, no sentido psíquico, representa dar ouvidos à alma, à anima, para dialogarmos com nossas potências inconscientes e dar asas a nossa imaginação simbólica e criativa.
O canto ou sedução da sereia pode ser arrebatador e mortal para o ego, porque o lugar da alma é o mundo da imaginação, o mundo dos sonhos para o qual o ego é irremediavelmente seduzido todas as noites. Isso não é a morte, mas o reino de Hades. A metáfora da morte nos permite entender o reino dos mortos como o mundo das almas, o lugar da anima, da psique viva.
Na Mitologia Grega, são seres metade mulher e metade peixe (ou pássaro, segundo alguns escritores antigos) capazes de atrair e encantar qualquer um que ouvisse o seu canto. Viviam em uma ilha do Mediterrâneo, em algum lugar do Mar Tirreno, cercada de rochas e recifes ou nos rochedos entre a ilha de Capri e a costa da Itália.
A sedução provocada pelas sereias era através do canto. Os marinheiros que eram atraídos pelo seu canto e se aproximavam o bastante para ouvir seu belíssimo som, descuidavam-se e naufragavam.
Em geral são consideradas filhas do deus rio Aqueloo e da musa Melpômene ou de Terpsícore. Homero afirmou que elas podiam prever o futuro, o que condiz com divindades nascidas de Gaia.
Elas participam da lenda de Odisseu e dos Argonautas, em ambos os casos eles resistiram ao seu canto. Os argonautas, por causa da música de Orfeu, e Odisseu por causa do conselho recebido de ser amarrado ao mastro e ordenar à tripulação tapar os ouvidos com cera para não escutarem o canto das sereias.
As mais extensas referências a elas são as da Odisséia, as da Argonáutica, de Apolônio de Rodes. A mais antiga é a da Odisséia. Há muitos mitos na Grécia Antiga sobre sereias, alguns dizem que elas seriam mulheres que ofenderam a Deusa Afrodite (deusa da beleza e do amor) e como castigo foram viver em um ilha isolada. Em outros conta-se que elas eram ex-companheiras de Perséfone, filha de Zeus e Deméter, que foi raptada por Hades, Deus dos Infernos. Segundo a lenda, as sereias devem sua aparência a Deméter, que as castigou por terem sido negligentes ao cuidarem de sua filha.
As sereias eram representadas como grandes pássaros com cabeça e busto de mulher. Podemos encontrar sua figura presente em frisos, monumentos fúnebres, vasos da arte grega, estatuetas, joias e outras obras.
As sereias eram descritas como fiéis a Perséfone, intercedendo junto a ela em favor dos mortos através de cantos fúnebres. Assim, elas conheciam e participam dos mistérios e dos ritos sagrados de morte e renascimento, ganhando o pente e o espelho. Os pelos e os cabelos sempre estiveram associados à sexualidade e indicam atributos de natureza sexual. Cabeleiras desgrenhadas são atributos de personagens tidos como indomáveis, loucos e lunáticos; os pentes que cardam a lã dos animais torna-os mais atraentes, íntimos e convidativos. Domesticando os cabelos, doma-se a sensualidade animal. Já o espelho nos fala da vaidade e da beleza, mas antes é instrumento que revela, ilude ou engana. separa o virtual do real e nos assombra mostrando mundos paralelos, infinitos, mágicos. O espelho é armadilha para aprisionar almas e sua ambiguidade é a mesma das sereias, que surgem no espelho d'água nos convidando a cruzar a fronteira entre dois mundos. Assim onde quer que apareçam, Sereias, Iaras ou Iemanjás, carregam seus pentes e espelhos como parte desse simbolismo. Talvez por isso, usa-se a expressão "conto das sereias" para aqueles que acreditam em falsas promessas, que pertence apenas ao imaginário.
As sereias sedutoras adestravam o homem para a morte, o que poderia ser entendido que qualquer força masculina é força de produção, mas a única e irresistível força é a feminilidade que tem o poder da sedução. A sedução é mais forte do que a sexualidade, com a qual não há que confundi-la. A sedução é a expressão primordial da anima. No mundo capitalista contemporâneo, o canto da sereia tem o seu poder de sedução prometendo felicidade total pelo consumo de bens e tecnologias, nos fazendo sonhar com um mundo de progressos infinitos, sem limites. Essa é a sedução perversa, que nega qualquer possibilidade de morte, forjando analfabetos psíquicos.
Na tradição clássica, as sereias são descritas como ameaçadoras e vorazes. Seu lado ameaçador e voraz talvez seja um dos mais marcantes e presentes na mítica grega antiga, nas lendas medievais e no folclore latino americano, embora possam ser identificadas como como divindades protetoras de importantes mitos de criação. Na narração de Homero, a feiticeira Circe descreve as sereias sentadas e rodeadas por montes de ossos de homens putrefatos. Na Idade Média, essa voracidade aparece associada aos vícios, ao pecado e às tentações.
Na Idade Média, um desses monstros do mar continuava a alucinar os navegantes, sendo idealizada a sua formosura nas histórias de piratas e aventureiros. Seria, inclusive, vaidosa e inconstante para desejar e abandonar o seu «querido» marinheiro preso nas suas redes, ou melhor, nas suas artimanhas.
As sereias representam na cultura contemporânea o sexo e a sensualidade.
Em nossos dias, utiliza-se ainda a expressão "canto da sereia" que designa algo que tem grande poder de atração em que as pessoas caem sem resistência.
Na literatura moderna, as sereias inspiraram muito poemas e numerosas obras, como O Silêncio das Sereias, de Kafka (1917), A história da sereia, de E.M. Forster (1947), As sereias de Titã, de Kurt Vonnegut (1959), entre muitas outras.
Cavalo Marinho:
O Hipocampo (grego: hippos = cavalo, kampi = monstro), é uma criatura mitológica partilhada pela mitologia Fenícia e Grega. É descrito como cavalo na parte anterior do seu corpo como peixe na parte posterior como cuda de um peixe escamoso, como um cavalo-marinho, outros dizem ter a forma de cavalo na metade anterior e de peixe, dragão ou serpente na posterior. Sua cor varia entre verde e azul.
Na mitologia grega, o hipocampo servia de companhia e montaria às nereidas (filha do deus Nereu, e compartilhavam com ele o mar Egeu) e de animal de tração ao carro de Poseidon (deus dos mares). Seres com características semelhantes aparecem na arte de outras culturas, inclusive a Mesopotâmia e a Índia. Também foi representado em bronzes, prataria e pinturas da Antiguidade romana ao período barroco. Na heráldica europeia, o hipocampo é representado com cabeça e torso de cavalo, mas com uma barbatana de peixe no lugar da crina, pés com membranas no lugar de cascos, cauda de peixe e, às vezes, asas de peixe-voador.
Criados por Poseidon a partir da espuma do mar, são animais com caudas de peixes brilhantes, semelhantes ao arco-íris, e a parte frontal de seus corpos são de cordel branco. Os hipocampos são as montarias do exército de Poseidon. Homero associa Poseidon, que era o deus dos cavalos, tremores na terra e no mar, causados pelos cascos de bronze dos cavalos sobre a superfície do mar, e Apolónio de Rodes, sendo conscientemente arcaico em Argonautica, descreve o cavalo de Poseidon que emerge do mar e galopeando para longe do outro lado das areias líbias. Em imagens helenísticas e romanas, no entanto, Poseidon (ou Netuno) muitas vezes leva uma carruagem marítima puxada por hipocampos. Assim, hipocampos são associados com esse deus em ambas as representações antigas e as mais modernas, como nas águas do século 18 na Fonte de Trevi em Roma.
Em podem viver em água doce e salgada e pode até mesmo respirar o ar, mas precisa ser perto da água para não ressecado. Eles são herbívoros e se alimentam de algas e vegetação macia. São muito dóceis mesmo quando atacados. (1)
10.1 Autoria
José Cirillo, Marcela Belo, Aline Viana
11.1 Bibliográfica
(1) Cedoc/Leena/UFES