Na manifestação das ruas há cadernos poéticos, chamados de Black-book, cuja temática é o movimento artístico em que se dá o grafite, a pixação, a pichação e o graffiti. Para esses termos construí uma cartografia com cadernos dos sujeitos do movimento da arte da rua na Grande Vitória. Nesses cadernos apresentam processos, ideias, coleções, conexões e encontros. Cada pessoa no movimento apresenta suas singularidades que compõem uma cultura do grafitti. Traz-se o estudo do processo dos cadernos e também vai para além de uma definição pois ora se comporta como caderno de processo e outrora se comporta como um espaço expositivo, sendo uma obra. No processo de criação desses sujeitos entramos em contato com a atmosfera do nosso dia-a-dia, com a efemeridade das nossas ações do cotidiano confrontando com a sensibilidade de uns, com o enfrentamento de outros persistindo pelo deambular nos espaços. As experiências estéticas que esses sujeitos obtém desses atravessamentos com a cidade e arte nos proporcionam experiências esse universo distante da academia, que por muitas das vezes higienizam a arte da rua e que desmerecem com a poética de seus autores. Para tal, este artigo pretende evidenciar essas ideias que constitui no conteúdos desses cadernos que estão a cumprir com o funcionamento do criar, apresentam técnicas que vão além da intuição e da aprimoração dos repertório do graffiti e ‘o processo’ que é a geração do conhecimento do seu fruidor.
Palavras-chave: Blackbook, Graffiti, Pixação, Processo de Criação.