O artigo discute os modos de apropriação do espaço da natureza por artistas, e como o projeto poético de obras para este espaço pode estar condicionado por variantes culturais determinadas pelo ambiente natural a partir da relação afetiva do artista com este meio (topofilia). Revelam-se dois modos de aproximação do processo de criação de obras de arte pública destinadas aos espaços de natureza, revelando aspectos de dois projetos poéticos distintos, nos quais um apropria-se da natureza com uma intencionalidade de domínio e imposição de uma obra alheia ao espaço que a contem; na outra mão, um outro processo criativo que está pautado na perspectiva colaborativa e que tem no diálogo com o espaço, com os materiais e com as comunidades, o seu material básico para a edificação de um projeto plástico co-autoral, uma escultura social
Palavras-chave: arte pública; arte e natureza; Nelson Felix; Piatan Lube; arte colaborativa