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Este estudo debate as relações entre a Arte Pública, a paisagem urbana e a epidemia de dengue no Espírito Santo, sendo realizado a partir de uma análise das alterações sofridas pelo Monumento ao Ano Internacional da Paz (1987). Essa obra, semelhante a uma intervenção do tipo site específico, foi idealizada pelo arquiteto Gregório Repsold e construída com ajuda do escultor Ioannis Zavoudakis. O projeto executado vai ser totalmente alterado em função da epidemia de dengue que assolou o Brasil a partir dos anos de 1990, em particular no Espírito Santo. Associado a ações específicas de combate ao mosquito, o projeto sanitário do poder público incluía intervenções em políticas urbanas essenciais que levassem a retirar a sustentabilidade para o estabelecimento, a reprodução e a expansão do vetor, incluindo estratégias e metas nas áreas de saneamento ambiental, educação, informação e ampla mobilização social. Entre estas metas, a desativação das fontes de água em praças públicas como medida de diminuir o ambiente propício para a reprodução do mosquito. Deste modo, essa obra foi totalmente alterada, perdendo sua relação com a paisagem urbana, evidenciando um efeito permanente das medidas sanitárias sobre a obra.

Palavras-chave: Arte pública; Processo de criação; Arte e paisagem; Arte e pandemia; Cidade.