Índio Araribóia
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Anexos
Miniatura
Título
Índio Araribóia
Descrição
Monumento que representa a figura de um índio guerreiro (Araribóia) em tamanho
natural, apontando o seu arco e flecha para a baia de Vitória.
1.1 Título da Obra
Índio Araribóia
1.3 Categoria
Escultura Pública
1.4 Subcategoria
Vulto pleno
1.7 Temporalidade da Obra
Perene
2.1 Data de Execução / Inauguração
1955
3.1 Autoria
Carlo Crepaz
3.5 Mini-biografia
O Artista Carlo Crepaz e aspectos da sua obra:
Nascido na pequena Ortisei, interior da Itália, em setembro de 1911 e falecendo na cidade de Val Gardena, cidade natal de sua esposa Flora, em setembro de 1992, esse virtuoso ítalo brasileiro, seguiu os passos do pai, o escultor Jakob, que não só o inspirou, como possibilitou que ele estudasse e posteriormente se tornasse professor, ainda na Itália.
Muito jovem, Crepaz foi enviado a Alemanha nazista, como todo jovem italiano, no calor da Segunda Guerra Mundial. Esse é um capitulo especialmente revelador do caráter desse homem e artista, no amargor da luta sangrenta e do ceifar de vidas e mutilar de corpos, ele pôde utilizar de sua arte em benefício do ser humano, não importando sua nacionalidade. Como escultor em meio de uma Guerra, Crepaz utilizou de seu conhecimento de anatomia e escultura, o que possibilitou que trabalhasse numa fábrica na confecção de próteses ortopédicas para os feridos de guerra. Foram milhares e nesse sentido, a arte ocupou seu espaço humanitário num território de uma guerra insana.
Carlo Crepaz, vem para o Espírito Santo em meados dos anos de 1950; sempre foi um observador do cotidiano, retomando suas vivências na Itália e Alemanha. Crepaz destacou-se pela sua sensibilidade e domínio da arte clássica no seu fazer escultórico. Chegando a Vitória no início da década de 1950, para serviços específicos no Santuário de Santo Antônio, ele morou no bairro de mesmo nome, onde também se localizava seu Ateliê. Seu trabalho sempre foi muito requisitado pelas autoridades locais e continua exposto em diversos espaços públicos de Vitória, compondo a ecologia urbana da capital. Em sua trajetória em terras capixabas, lecionou na Escola Pavoniana de Vitória (que o trouxe da Itália para finalizar as obras no Santuário de Santo Antônio), bem como na Escola de Belas Artes do ES e Universidade Federal do Espirito Santo. Seus primeiros trabalhos para a Escola Pavoniana envolveram obras em seu prédio e objetos e pinturas na igreja. Na Escola de Belas Artes, foi responsável pela disciplina de escultura e por formar toda uma geração de escultores capixabas. (1)
4.1 Endereço
Av Mascarenhas de Moraes - Forte São João
4.2 Bairro
Centro
4.3 Município
Vitoria
4.5 Espaço de Implementação
Entrada do antigo Forte São João
4.7.1 Coordenadas Geográficas – Latitude
20.3205319
4.7.2 Coordenadas Geográficas – Longitude
40.3250588
5.1 Material
Bronze sobre pedestal de concreto (originalmente, assentava-se sobre uma pedra - a pedra branca, próxima à entrada da baía de Vitória).
5.2 Técnica
Fundição
5.3 Dimensões
1,60 m de altura e 2,40 m de comprimento
5.5 Escala
Média (até escala humana)
5.6 Assinatura
Sim
5.7 Placa/Inscrições
Sim
5.8 Transcrição
"índio Araribóia inaugurado no Governo de Jones dos Santos Neves: 1951/55 | Autor: Cario Crepaz
Restaurado por Jânio Leonardelli - julho 2014 | Prefeito de Vitória - Luciano Rezende - Secretária Municipal de Cultura - Ana Laura Nahas", em uma placa de reinauguração localizada na parte frontal do pedestal.
6.3 Dados Históricos
Sobre o índio Araribóia:
Araribóia era filho do chefe temiminó Maracajá-guaçu e vivia na ilha de Paranapuã (atual Ilha do Governador), quando os tamoios, seus tradicionais inimigos, os expulsaram do local em 1555. Tendo perdido as suas terras, a tribo temiminó seguiu para a então Capitania do Espírito Santo, onde reorganizou a sua aldeia, que foi catequizada pelos jesuítas. O cacique Araribóia (que significa "Cobra Feroz" em tupi), foi importante aliado dos portugueses na expulsão dos franceses do Rio de Janeiro.
Quando Estácio de Sá, em 1567, pediu auxílio ao Espírito Santo para expulsar os franceses do Rio de Janeiro, Vasco Coutinho Filho, então Donatário da Capitania, o procurou. O chefe índio pôs imediatamente à disposição do donatário 200 companheiros, hábeis flecheiros, prontificando-se a lutar à frente deles. Foi considerado um herói e condecorado pela Coroa, recebendo, em 1573, terras no atual município de Niterói/RJ. Foi batizado na igreja católica com o nome de Martim Afonso.
Inicialmente, o índio apontava a fecha para a entrada da Baía de Vitória, entre o Morro do Penedo e o Morro do Forte de São João. Com a inauguração da Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes (Beira Mar), em 1962, a estátua foi retirada e guardada no depósito da PMV. Depois de forte pressão popular, Araribóia voltou para a Beira Mar, local onde permanece até os dias atuais, não nos deixando esquecer das nossas origens. (1)
7.1 Propriedade
Pública
10.1 Autoria
Marcela Belo; José Cirillo
10.2 Data do Registro
Setembro/23
11.1 Bibliográfica
(1) Canal Filho, Pedro - 60 monumentos urbanos de Vitoria para interpretar/ Pedro Canal Filho. Vitoria ES: Instituto Goia: SEMC/PMV, 2020.