O presente artigo discute modos de aproximação do espaço da natureza por artistas, e, também, como o projeto poético para este espaço pode revelar tendências e intencionalidades condicionadas por variantes culturais determinadas pelo ambiente natural a partir da relação afetiva do artista/meio (topofilia). Partimos da hipótese de que há dois modos de aproximação do processo de criação da arte pública destinada aos espaços de natureza. Analisamos um deles, a partir do projeto poético de “Entre Saudades e Guerrilhas”, de Piatan Lube, que aproxima-se da natureza com uma intencionalidade de dialogar com os sujeitos e com o ambiente, revelando um processo pautado na perspectiva colaborativa (autores externos) e no diálogo poético com o espaço, com os materiais e com as comunidades, materiais básicos para a edificação de um projeto plástico co-autoral, uma
escultura social, cujo principal documento de processo é a própria cultura e a memória da comunidade.
Palavras-chave: Arte pública. Arte colaborativa. Crítica Genética.